quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Para uma amiga em apuros...





















Crazy love it's just a crazy love
I love you so but I still know
It's a crazy love

Crazy love it's just a crazy love
What must I do to get through to you
Oh my crazy love

Everything's wrong heaven above
Set me free from this crazy love

Don't don't don't don't you see
What you are doing to me
You upset my heart right from the start
With your crazy love
Crazy love, crazy love
Crazy love, crazy love

song and lyrics by Paul Anka.

Like Connie Francis used to say...

"Everybody's somebody's fool"

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Safo, Fragmento de Epitalâmio 15

- Inocência, Inocência, para onde foste,
que me abandonaste?

- Nunca mais eu voltarei, nunca mais
eu voltarei a ti

Safo fr.77

para mim, nem o mel nem as abelhas.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Os mais fodões do mundo


Depois que fui introduzida ao maravilhoso "multiverso" das HQs para adultos pelo "das estepes" (aliás, não foi só isso que ele me introduziu hahahahahaha), não consigo parar de ler Hellblazer (Constantine é do caralho, ô homem foda!), The Authority (Jenny Sparks e Jack Hawksmoor são meus favoritos, uma heroína poderosa que fuma pra cacete e o deus das cidades, não preciso dizer mais nada, né. Sem falar no Apolo e Meia-Noite, um casal de super-heróis gays), Planetary ("os arqueólogos do impossível", por que será que eu gostei tanto, hein?), e Transmetropolitan (o colunista Spider Jerusalém é o que todo jornalista deveria tomar vergonha na cara e ser!). Me toquei que todas as HQs que eu tinha em mãos e estava devorando foram escritas pelo Warren Ellis; isso foi realmente coincidência. Fazer o quê? Agora tenho de me declarar publicamente como fã do cara.
Qual seria a trilha sonora perfeita pra se ler a Ilíada?

Henry's dress

Como eu havia prometido, vou falar um pouquinho do Henry's dress. Se vocês derem uma olhada no post sobre o Aislers set, vão entender. Amy Linton (fodíssima), vocalista do Aislers, era baterista e vocalista da finada banda Henry's dress. Eles acabaram em 96, e então a Amy foi fundar o Aislers, passando brevemente pelo Go Sailor, uma banda que desconheço até agora, embora a Rose Melberg do Softies (ver post aí embaixo) também tocasse nela (nem imagino Amy e Rose tocando juntas, preciso urgentemente ouvir essa banda). Se vocês fizeram a lição de casa e ouviram o Aislers, e fizerem a nova lição que é ouvir o Henry's, vão notar uma enorme diferença, apesar de terem a mesma voz da Amy. Enquanto adoro o Aislers, não sou uma grande fã do Henry's. Até ouço se estiver tocando, mas não teria a discografia, como tenho a do Aislers. O Henry's é basicamente um trio de noise-pop, uma voz feminina com guitarras distorcidas, às vezes a voz do Matt Hartman, outro vocalista e guitarrista; o baixo é de Hayym Sanchez, sobre o qual não tenho informação alguma. Acho que o Aislers está para o Kinks assim como o Henry's está para o Ramones (é só pra te dar uma idéia, eu adoro Ramones). É legal ouvir os dois porque são bandas com basicamente o mesmo vocal, mas muito diferentes; ilustram bem a diferença entre o indie pop (Aislers) e o noise-pop (Henry's).
Obviamente, eles não têm um site, mas pode-se ouvi-los na last e até baixar duas músicas, a "You killed a boy for me" e "Winter '94":
http://www.lastfm.com.br/music/Henry%27s+Dress
Não os encontrei no myspace, se alguém encontrá-los, me manda o link, please.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Barbara Ann

Sempre achei que essa música fosse do Beach Boys. Qual não foi a minha surpresa ao ouvi-la no segundo álbum do The Who, "A Quick One", de 1966 (hey, I'm not that The Who listener, ok? Shame on me, I know)! Foi então que descobri que a primeira gravação dessa música foi feita por um grupo da década de 60 também, chamado The Regents; e que até o Blind Guardian tem uma versão dela no álbum "Follow the Blind". E que ela aparece naquele seriado americano, o "Scrubs", durante um episódio da quarta temporada. Mais surpreendente ainda é saber que Vince Vance & The Valiants fizeram uma paródia em 1980, chamada "Bomb Iran", que se referia à crise diplomática entre os EUA e o Irã que durou de 79-81, cuja letra eu não poderia deixar de postar:
"Bomb bomb bomb, bomb bomb Iran.
Bomb bomb bomb, bomb bomb, bomb Iran!
Let's take a stand, bomb Iran.
Our country's got a feelin'.
Really hit the ceilin', bomb Iran.
Bomb bomb bomb, bomb Iran."
Gone to a mosque,
Gonna throw some rocks.
Tell the ayatollah,
Gonna put you in a box! and
bomb Iran. Bomb bomb bomb, bomb bomb, bomb Iran!
Our country's got a feelin'.
Really hit the ceilin', bomb Iran.
Bomb bomb bomb, bomb Iran."
Como se isso não fosse o suficiente, em 2003, os mesmos Vince Vance e blábláblá fizeram uma "Bomb Iraq" parodiando uma outra música que foi sucesso na década de 60 do grupo Coasters chamada "Yakety Yak", da qual transcrevo apenas um trecho (meu estômago é sensível):

"Saddam's a tyrant; he's insane,
a Hitler by another name.
He's gassed his people and the Kurds;
it's time to squash that camel turd
Yakety-yak, bomb Iraq!"

E eu gostaria de acrescentar:
É por isso que eu adorei "Borat"!
A hegemonia tem que "acabá"!
Bush, VAI TE CATÁ!

Rocketship


Em homenagem ao comentário postado pela throwingmuses, estou postando o Rocketship: twee e shoegaze. Dustin Reske é a cabeça, a voz e a guitarra dessa banda, que beira o experimental e o ambient. Calma, calma; eu explico: o primeiro álbum da banda, o "A certain love, a certain sadness" de 1995, está muito mais para o twee com uma pitada de shoegaze; já, o segundo álbum, "Garden of Delights" de 1999, é muito mais experimental e ambient. Eles têm vários singles com músicas que não aparecem nos álbuns (todos eles com capas muito legais), além das músicas que aparecem em compilações por aí.
O site deles tem um visual que me lembra muito o Kraftwerk:
rocketship.us
http://www.myspace.com/dustysrocketship
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=34160349
http://www.lastfm.com.br/music/Rocketship

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

The Softies


É a hora e a vez das meninas do Softies, Rose Melberg e Jen Sbragia. Quanta doçura e suavidade em suas vozes, que som melancólico. Engraçado é que ambas faziam parte de outras bandas e se conheceram numa festa em Santa Rosa, Califórnia, e mantiveram contato através de cartas. Um ano depois, em 1994, quando a antiga banda da Rose acabou, elas decidiram tocar juntas. O primeiro álbum delas, "It's love" de 1995, foi gravado na casa em que Rose cresceu em Sacramento (fofo, né). O segundo álbum, "Winter pageant", tem uma música da qual eu gosto muito, "The Best Days". Esses dois primeiros álbuns saíram pela K Records. O terceiro é "self-titled" de 1996 e saiu pela Slumberlands. O quarto saiu em 2000, "Holiday in Rhode Island", pela K novamente. A maior parte das músicas são simplesmente as duas vozes e uma guitarra bem suave (minimalista, não?). Ah! Não as confunda com a banda New Wave britânica The Softies, que inclusive, foi de onde elas tiraram o nome. Dizem que seus álbuns correspondem às quatro estações do ano: It's love ao verão; Winter pageant (advinha?); Self-titled ao outono; e Holiday in Rhode Island à primavera.
Você pode ler mais sobre essas duas garotas fofíssimas na wiki:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Softies
O site oficial delas é:
http://www.southern.com/southern/band/SOFTI
Na Lastfm:
http://www.lastfm.com.br/music/The+Softies
no myspace:
http://www.myspace.com/thesoftiesforreal
comu no orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=57102

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

The Fairways

Já que eu falei do Aislers Set, por que não falar do Fairways? Outra banda twee, mas diferentemente do Aislers, com vocal masculino, não menos encantador, de Brent Kenji. Detalhe: a tecladista do Aislers Set, Jen Cohen, é a baixista do Fairways. Começaram em 1998, gravaram um álbum fofíssimo chamado "Is everything all right?" e acabaram em 2004, mas deixaram um segundo CD, o "This is farewell" com oito músicas que nunca tinham sido gravadas e outras que já tinham aparecido em algumas compilações.

No myspace deles dá pra ouvir algumas músicas:
http://www.myspace.com/thefairwaysband

Um garoto fez uma comunidade pra eles no orkut, que tem dois integrantes: o dono e eu :-(
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13380300

E, obviamente, se você tiver um login no lastfm, poderá ouvi-los:
http://www.lastfm.com.br/music/The+Fairways

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

The Aislers Set


Já ouviu ou ouviu falar? Já? Parabéns. Não? Então está perdendo muito. Esse quinteto de São Francisco é um "must listen" do indie pop. Eles já abriram shows do Belle & Sebastian e do Yo La Tengo e tem três álbuns gravados: "Terrible things happen" (eu concordo muito com o nome desse álbum), de 1998; "The last match", de 2000; e "How I learned to write backwards" (adoro esse nome também), de 2003; além de vários singles. Bem, sobre o som que eles fazem: twee com vocal feminino na maior parte das músicas; a dona da voz é Amy Linton que também as compõe, além de fazer bateria, trompete e guitarra em algumas músicas (amo gente foda, ainda mais do sexo feminino... it makes me proud). Aliás, o primeiro álbum da banda foi gravado no porão da casa dela. Eles começaram em 1997, quando Amy saiu do Henry's Dress (falarei dessa banda qualquer outro dia... ou noite). Bom, continuando a falar sobre o som que eles fazem... (sempre me perco) é fortemente influenciado pelo C86; se você não sabe o que é C86, ouça 14 Iced Bears ou vá pesquisar um pouquinho, faz bem. Bem, em poucas palavras o C86 é o indie antes mesmo do indie existir, ou seja, são os precursores e eles só poderiam vir, obviamente, da Grã-Bretanha. Inclusive, o Aislers Set tem uma versão muito legal de Balloon Song do 14 Iced Bears em seu segundo álbum. Paro de falar agora e deixo uns links pra vocês sentirem o gostinho.
página oficial:
http://www.aislersset.com
na wiki:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Aislers_Set
no myspace:
http://www.myspace.com/therealaislersset
comunidade no orkut da qual faço parte, obviamente:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=77783

Ilíada

Para fazer jus ao título do blog, vou postar algo sobre a obra literária mais antiga do Ocidente: a Ilíada de Homero. Bem, quem leu sabe o por que da menção, quem não leu vai ficar sabendo agora: a obra espirra sangue, suor e lágrimas. É isso mesmo, a obra que o Ocidente adotou como a sua mais antiga expressão literária (atentando aqui ao termo 'literária' no seu sentido material, de obra que se materializou sob a forma escrita) é sanguinolenta. Obviamente, devem ter havido outras obras anteriores, mas essa, por algum motivo, foi a que sobreviveu. Vou citar apenas uma cena de batalha em que Homero (não vou discutir aqui os problemas da autoria do poema) descreve o trespassar de uma lança pelo maxilar de um soldado. Se isso não for sanguinário, eu não sei o que é. Essas cenas de batalhas são descritas com tal primazia que o leitor precisa se esquivar para não ser respingado. Imaginem o quanto aqueles homens, em pleno território atualmente turco, não suaram durante os nove anos da guerra pelo domínio de Tróia (ou pelo resgate de Helena, se assim preferirem). Para falar das lágrimas, além das de Aquiles que vai chorar para a mãe pedindo que fosse a Zeus para que interivisse em seu favor na querela entre ele e Agamêmnon, basta imaginar o quanto esses homens choraram a distância que os separavam de tudo o que eles mais amavam por nove longos anos e a perda de seus companheiros de batalha. Sem falar no sangue, no suor e nas lágrimas dos Troianos, que estavam se matando para se defender da pilhagem e destruição que rondou sua cidade por nove infinitos anos. Ah! as lágrimas de Cassandra que, ao vislumbrar a ruína de seu povo, de sua família, verteram de seus olhos molhando o seu vestido já rasgado pelo desespero; as lágrimas que Príamo derrama diante de Aquiles ao tentar resgatar o corpo de seu filho, Heitor. Talvez não seja tão difícil assim adivinhar o motivo pelo qual essa obra tenha sobrevivido pelos quase três mil anos que nos separam dela; e dos mais de três mil que nos separam dos acontecimentos que ela narra. Às vezes é difícil imaginar como um passado tão longínquo possa nos denunciar a nós mesmos de maneira tão crua e verdadeira. Cada época tem a Helena que merece.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Mind the gap